Na última terça-feira (23) o debate Desescolarização: a família na educação do Encontro Internacional de Educação recebeu a educadora Ana Thomaz que contou um pouco sobre a desescolarização e o uso do método desenvolvido por F. M. Alexander.

Atualmente, os três filhos da educadora não estão em idade escolar. Mas eles são educados em casa, não frequentam a escola e desenvolvem diversas atividades, acompanhados pelos seus pais. A desescolarização começou com o pedido de seu filho para sair da escola, quando tinha 13 anos aproximadamente. Foi quando Ana buscou outras maneiras de educá-lo e por meio dessa experiência, ela seguiu com a desescolarização das suas filhas mais novas.

O método desenvolvido por Alexander foi conhecido por Ana antes mesmo de seu filho ser desescolarizado, a técnica tem como foco a re-educação psicofísica do ser humano (no site da Associação Brasileira da Técnica Alexander você pode encontrar mais informações) . Então, a educadora começou a se questionar sobre o que é o conhecimento. “Comecei a me dar conta de que o conhecimento é algo interno. Não é uma questão de adquirir técnicas, provar coisas, como pensam as crianças. Quando chegamos na idade adulta isso já não está ativo[como quando somos crianças], o desejo já não vem dos alunos”, destacou Ana.

Além de contar a experiência de desenvolver o método Alexander com seus filhos, Ana explicou a necessidade de criar uma cultura que viesse de dentro de cada um, foi quando decidiu educar seus filhos pela potência criativa e não pelo poder. Para ela a educação das crianças está cercada de prática de poder que usam a ameaça, o castigo, a recompensa e a explicação. Do outro lado, a potência criativa permite um alinhamento do hábito com o emotivo.

“Como é o processo de aprendizagem que nos tem distanciado do nosso corpo? Em nosso processo escolar, o corpo não é desenvolvido. Somos estimulados racionalmente, mas não fisicamente. O corpo fica completamente relaxado, não participa da aprendizagem, por isso não sabemos o que sentimos, o que desejamos, não sabemos por que é um corpo abandonado  nas cadeiras”, explica Ana sobre o processo de aprendizagem em que vivemos.

A conversa com a educadora continua no fórum de discussão “Desescolarização: a família na educação”.  Se você se interessou pelo assunto e quer saber sobre essa experiência participe!

O tema 7 do Encontro Internacional de Educação, “A família, sócia estratégica para a educação”, continua com diversas atividades e debates online. Venha discutir também com outros especialistas a importância da família como aliada da mudança educativa.

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(Por Jussara Caetano)