Professora Marli Fiorentin – Tutora no Instituto Paramitas, com o curso “Leitura e produção colaborativa de textos”.

 

No dia 4 de dezembro, a Fundação Telefônica realizou o debate O que é ser um professor? O evento fez parte das atividades do quinto tema do Encontro Internacional de Educação intitulado O papel do professor. De farol a guia. Quem ensina? O debate contou com a participação do professor de Formação de Professorado e Educação da Unversidade Autônoma de Madrid Rodrigo Ferrer e do professor da faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) Miguel Ángel Pérez Álvarez. O Brasil foi representado no evento pela professora de português, literatura e coordenadora do laboratório de informática educativa do Colégio Estadual Padre Colbachini, em Nova Bassano (RS) Marli Fiorentin, que também é tutora no Instituto Paramitas, com o curso  “Leitura e produção colaborativa de textos”.

Uma das idéias defendidas por Rodrigo é o professor como facilitador do conhecimento. “A função do professor já não deve ser a de transmissor de informação, e sim a de orientador de seus alunos no processo de busca e tratamento da informação, para que sejam eles mesmos, de maneira ativa e experimental, os construtores de seu próprio conhecimento. O docente também deve se preocupar em trabalhar os aspectos emocionais e as habilidades sociais que implicarão numa melhora dos processos grupais”.

Além de professora, Marli se considera uma entusiasta em relação a transformação do papel do docente.

“Ser professor é poder aprender a cada dia uma lição nova com aquelas pessoas que queremos ajudar a construir. Ser professor é saber da nobreza e importância da profissão, mesmo que muitos não saibam ou reconheçam.”, acredita a educadora.

Marli apóia a ideia de autoria de alunos e professores. “Reforço a ideia da autoria tanto do professor quanto do aluno. Precisamos também exercitar a autoria, criar novos conhecimentos, produzir nossas aulas. Isso é um fator que motiva o aluno também a ser autor, pois ele segue o exemplo do professor. Além disso, é necessário que procuremos ter uma postura interdisciplinar e ser profundos conhecedores  em nossa área de atuação. Porém, precisamos  desfragmentar o conhecimento  que impede que o aluno estabeleça relações, e dê sentido ao que aprende, Por isso , devemos abordar  os conhecimentos em todos os aspectos e, sempre que possível,  aprofundarmos em todas as  áreas do conhecimento.”

O debate contou com reflexões sobre a função do educador realizadas por professores e especialistas de diversos países.  Em meio a tantas opiniões, uma certeza: pensar no papel do professor é um passo fundamental para melhorar a educação no século XXI.

 

(Por:Mauro Castro)