25-05-2015
Aconteceu entre os dias 20 e 23 de maio a Bett Brasil Educar 2015, o maior evento sobre educação da América Latina, em São Paulo. O evento teve como tema central “A escola dos nossos sonhos: horizontes possíveis, desafios imediatos”, contando com a participação de mais de 250 expositores da área educacional e de tecnologia.
Nesta última quinta-feira, 21 de maio, às 11h30, a presidente do Instituto Paramitas, Claudia Stippe, participou da palestra Promovendo uma estratégia de inclusão e emancipação digital a nível nacional para melhorar a qualidade do ensino, acompanhada do idealizador do Portal e-Democracia, Cristiano Ferri Faria, e da professora e pesquisadora Luciana Zaina.
A primeira a falar foi a professora e coordenadora de ciência da computação da UFSCar, Luciana Zaina, sobre o uso dos dispositivos móveis dentro tema "Aprendendo História através de Museus Virtuais: uma parceria entre Professores e Museólogos". Um estudo de caso, utilizando a parte de aprendizagem dos dispositivos móveis: um novo paradigma da educação. A pesquisa apontou reflexões importantes sobre a interação com dispositivos móveis em sala de aula. O estudo foi realizado com alunos do ensino fundamental, onde se percebeu a facilidade em que as crianças possuem com esses dispositivos.
Em seguida Cristiano Ferri Faria, idealizador do Portal e-Democracia, apresentou o projeto desenvolvido pela Câmara dos Deputados para incentivar a participação de toda a sociedade em debates relacionados a projetos de leis. O palestrante conta que a ideia nasceu do conceito Hacker, compartilhando informações, dados, ativismo e criação de software livre.
E por fim, a presidente do Instituto Paramitas, Claudia Stippe, ressaltou as dificuldades do uso das tecnologias na educação, apontando que, ainda hoje, o acesso aos laboratórios das escolas é insuficiente, muitas vezes por falta de infraestrutura das escolas. “Não adianta ter computador se não tiver infraestrutura”, afirma. Partindo dessa reflexão, aponta que material didático de qualidade para usar nas salas de aulas e vontade de usá-los, por parte dos alunos e professores não falta. “Hoje a briga para o uso das tecnologias na escola vem a partir da questão de infraestrutura na rede pública”, complementa.
A presidente enfatizou que, como representante do Terceiro Setor que age diretamente para inclusão digital, os materiais didáticos e a infraestrutura têm que ser para todos, do contrário não é inclusão. “Nós do Instituto Paramitas, representando o Terceiro Setor, que age lá na ponta precisa pensar em alternativas para que seja possível a inclusão digital”, complementa. Finaliza sua fala propondo o desafio de 10 Megas de Banda Larga nas escolas e infraestrutura, para que a inclusão digital seja possível em todos os níveis.
Por Manoela Bueno