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NOTÍCIAS

24-01-2013

Projeto Educ-Ação relata em debate iniciativas inovadoras do no mundo

O Encontro Internacional de Educação 2012-2013, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo  com parceria executiva do Instituto Paramitas, exibiu na última terça-feira (22) o debate-chat Por dentro do projeto Educ-Ação como parte das atividades do quinto tema do evento intitulado O papel do professor.  O encontro virtual teve o intuito de discutir as relações entre professor e aluno dentro do modelo educacional democrático. O especialista em planejamento e desenvolvimento curricular Jorge Altuve foi convidado para o debate para falar sobre as implicações do professor em seu ambiente de trabalho.

E, junto com ele, o projeto Educ-Ação, que lançou o livro Volta ao mundo em 12 escolas relatando as experiências vivenciadas pela equipe em instituições de ensino que têm  métodos inovadores .  Para falar um pouco sobre isso, foram convidados dois brasileiros membros do Educ-Ação: a pesquisadora e ativista da educação Carla Mayumi e o jornalista e colaborador da revistas Simples e Superinteressante André Gravatá.

                                                  
















Jorge defende a ideia de que, assim como o professor, os pais devem ter uma participação contínua na formação dos alunos. “Definitivamente, pais e professores devem considerar a formação dos estudantes como um processo democrático. Quando começamos a ver como coincidimos em ajudar um aluno, encontramos pontos em comum. Aqui na Venezuela, nós acreditamos que a participação dos pais na vida escolar não deve ser feita apenas de uma forma administrativa, pois estes devem participar das tomadas de decisões, fomentar a aprendizagem de seus filhos e promover um espaço de comunicação com estes. A formação dos alunos deve ser encarada como um projeto comum de formação de cidadãos. Pode parecer fácil, mas não é. A ordem da sociedade é uma ordem superficial, é uma criação humana e devemos fazer parte dela para compreender essas regras.”
 

“Com o projeto Volta ao mundo, visitamos cerca de duas a três escolas por país para observar, investigar e entrevistar cerca de vinte educadores em cada uma.”, explicou Carla.

A pesquisadora relatou sua visita à Riverside School, localizada na cidade de Ahmedabad, na Índia. “Percebi que há na instituição uma grande preocupação do professor com o aluno não só no ambiente escolar, mas também fora dele. Todo início de ano, cada professor cuida de um grupo de alunos, visita as casas de cada um deles e conversam com os respectivos pais. A escola recebe alunos de todos os níveis sociais, mas o tratamento dos professores com eles é o mesmo. Além disso, o conhecimento dos alunos é visível, porque existe um mural onde estão contidas muitas informações postadas pelos próprios estudantes e que são inclusive explicadas por eles. Por isso, os alunos sentem que fazem parte da construção da escola.”

E dentro dos relatos de escolas inovadoras pelo mundo, o Brasil não ficou de fora. “Uma das escolas que visitei foi a escola Politeia , em São Paulo. Descobri que eles faziam assembléias onde os alunos se encontravam para falar sobre as regras da instituição e dos problemas dela. O mais importante é que a escola valoriza as ideias dos alunos. Existe um trabalho individual que os professores pedem para alunos de todas as classes no qual o aluno deve escolher um tema que goste.”, conta André.

Para quem ainda quiser esclarecer dúvidas sobre o tema e levantar outras questões, está ocorrendo um fórum de discussão sobre o debate. Participe!

 

(Por Mauro Castro)