Com grande atuação nas campanhas de segurança e na prevenção de violência sexual contra crianças e adolescentes na rede, o Instituto Paramitas participou, no dia 8 de fevereiro de 2011, de um debate na Viração Educomunicação, organização nacional com sede em São Paulo, que desenvolve trabalho na área de educomunicação.

Nesse dia, foram realizadas ações desenvolvidas por organizações que lidam com a temática para promover o uso seguro da internet. O evento, cujo tema foi “Estar on-line é mais que um jogo. É sua vida”, contou com a participação de  65 países.

O debate, que foi transmitido em tempo real pela internet, contou com a presença de adolescentes e jovens de projetos da Viração. O público de outras cidades e estados também pode participar, mandando perguntas pelo twitter. O evento começou às 14h30, com a participação de Rodrigo Nejm, da SaferNet, Rafael Pires, consultor web da CDI Lan, Cybele Meyer, psicopedagoga e blogueira, e Teresa Jordão, diretora do Instituto Paramitas.

Rodrigo Nejm destacou a necessidade de se entender o conceito de segurança na internet. “Quando as pessoas falam em segurança na internet, sempre pensam em controle e bloqueio”. No entanto, conforme explicou, o objetivo da campanha não é proibir o uso da internet, e sim fornecer ferramentas e orientações para que sua utilização seja saudável, livre de riscos, tanto para crianças quanto para adultos. “Proibir não educa, ensinar sim”, diz. Nejm também fez algumas provocações sobre privacidade (ou a falta dela), na internet. A exposição exacerbada pode levar a futuros problemas, principalmente no caso de adolescentes que postam fotos sensuais ou que postam sem pensar no conteúdo, que pode ofender ou difamar outras pessoas. “Você já fez algo na internet que não faria ao vivo?”, perguntou.

Para Rafael Pires, os pais precisam ficar atentos ao que os filhos, crianças ou adolescentes estão fazendo on-line. “Lugar de computador é na sala, para que todos vejam o que está sendo acessado”, reforçou. Cybele Meyer lembrou que é preciso de bom senso para que nossos filhos não corram riscos na internet. “Mas não podemos colocar toda a atenção na rede e descuidar do mundo real”, frisou.

Teresa Jordão, do Instituto Paramitas, aproveitou para ouvir os jovens presentes a respeito da segurança na rede mundial de computadores. “Já que estamos falando de segurança dos jovens na internet, mais do que falar neste debate, temos que ouvir os alunos, pois eles são as pessoas que podem nos contar como podemos ajudá-los.” Ela lembrou que pesquisas mostram que os professores não se sentem preparados para orientar seus alunos para o uso seguro da internet. “Nosso papel, então, é oferecer recursos para estes professores”, ressaltou.

Teresa divulgou também que o Instituto Paramitas, com o apoio da CPP Brasil (Parceria para a Proteção da Criança e do Adolescente), Safernet, Obra do Berço e outros parceiros, está desenvolvendo materiais de apoio e formação para educadores, pais e policiais. Além disso, criou a Passeata Virtual no site da organização, com o objetivo de mobilizar os internautas a deixarem suas mensagens de incentivo à proteção na internet. Elisabete Descrovi comentou no espaço “Segurança da rede é saber navegar sem rumo, mas consciente por onde passa”. “Precisamos sensibilizar crianças e adolescentes para que não se coloquem em risco virtual”, escreveu Luana Andrade. “Vamos nos unir para enfrentar os “predadores” da internet”, postou Rafael Stemberg, entre outros.

 

Mais informações:

twitter.com/viracao
twitter.com/instparamitas
www.safernet.org.br