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NOTÍCIAS

24-04-2012

Orientação Profissional no Instituto Paramitas

Quando chega o momento de entrar na faculdade, pensamos, muitas vezes, que o curso superior que escolhemos é uma decisão “definitiva” de nossa carreira profissional. Por esse motivo, muitos de nós “travam” nessa hora, pois sentem um peso e uma responsabilidade muito grandes. Não é uma escolha fácil, isso nós sabemos, no entanto, ela não precisa ser definitiva (na maioria das vezes nem é), e sim um passo para outras escolhas na vida profissional.

Ao final do Ensino Médio, lá pelos 17 ou 18 anos, é hora de ingressar numa universidade e nessa idade é difícil já saber com certeza qual carreira seguir. Uma dúvida bastante comum, fato que somos ainda bastante jovens com essa idade.

Apesar de ainda estar no 2º ano do Ensino Médio e com apenas 16 anos, a jovem Alice Stippe sentia-se indecisa sobre qual carreira escolher. Ao conversar com sua mãe  e com a pedagoga Ana Sílvia Rodrigues Klain,  coordenadora do Ensino Médio do Colégio Madre Alix, surgiu a ideia de criar um  grupo de discussão para adolescentes prestes a ingressar na universidade.

Segundo a professora Ana Sílvia, alguns alunos do Madre Alix também se mostraram angustiados com a escolha da profissão e ficaram interessados em participar deste grupo de orientação profissional, na verdade um “debate sobre os desafios que envolvem a decisão da escolha profissional para um adolescente de hoje”, nas palavras de Ana Sílvia.

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A estudante Alice Stippe e os professores Edson Keller e Ana Sílvia Rodrigues Klein

 

A turma foi formada pelo André Carvalho Simone Pereira (18), Beatriz Franklin Fernandes (17), Beatriz Mayumi da Costa Imasato (16), José Carlos Malafaia Ferreita Junior (17), Manoela Garcia (17), Ricardo Marques Dutra Vaz (18), Stefan Czernorucki (17), Tiago Bava Moreira (17), Victor Hasbani Schmidt (17), Victoria Elizabeth Collins Figueiredo (16) e a própria Alice Stippe.

Segundo a Alice, esses encontros, que ocorreram na sede do Instituto Paramitas, promoveram várias discussões em grupo o que foi bom para perder a timidez e “ter questionamentos sobre coisas que eu nem imaginava”, nos conta a estudante.

Ana Sílvia é pedagoga e, há mais de 20 anos, trabalha com orientação educacional e pedagógica no Ensino Médio. Dentro dos colégios que trabalhou, criou vários projetos de orientação profissional, mas acredita “que a diferença agora é a possibilidade de um espaço neutro, fora do universo do aluno e montado somente para esta reflexão.”

Mas o que esses jovens (e 99% dos jovens brasileiros) procuram antes de optar por um curso superior? Ana Sílvia responde: “escolher algo que os satisfaça, a união entre reconhecimento, estabilidade econômica e prazer naquilo que irão fazer”. E ao mesmo tempo “um receio em tomar a decisão errada e acreditar que esta escolha é a única”.

Esse foi um dos principais “mitos” em pauta durante os encontros: que não existe o certo e o errado e sim “uma porta que os levará para muitas outras, porque um profissional não deixa de estudar e de se especializar.”

Ao longo dos encontros, os alunos que participaram da discussão foram, a cada semana, mudando de comportamento (perdendo a timidez, por exemplo), a escolha da carreira, da faculdade, a ideia que tinham sobre o mercado de trabalho e, principalmente, que ingressar no mundo profissional já não era mais tão “assustador”. E, ao final, já estavam fazendo planos sobre os cursos e transformando suas dúvidas em curiosidades.

Para participar e contribuir com mais experiência na orientação profissional, a professora Ana Sílvia trouxe alguns especialistas da educação, como as diretoras do Instituto Paramitas, Claudia Stippe e Mary Grace, que falaram sobre a importância do terceiro setor e suas possibilidades profissionais.

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Os estudantes do colégio Madre Alix no último encontro em gupo na sede do Instituto Paramitas.

Na foto de cima, o André e a Alice, e na de baixo, a Victoria, o José Carlos. a Beatriz e o Vítor.

 

No último encontro, o professor Edson Keller, coordenador do Ensino Médio da Escola Beit Yaacov, trouxe para o debate a importância da informação: obter dados sobre os cursos e instituições de ensino superior, visitar as universidades e conversar com profissionais da(s) área(s) que cada um escolheu são ações que ajudam na escolha.

Os encontros promovidos na sede do Instituto Paramitas visaram a um trabalho que envolveu, segundo a professora Ana Sílvia, “o autoconhecimento, interesses, aptidões, influências do meio, possibilidades reais e a construção de um projeto de vida. Com esses temas, montamos os encontros em grupo, com dinâmicas, testes, debates e muita informação, e, por fim, a devolutiva individual, num momento também de autoavaliação.”

Como foi bastante grande a quandidade de jovens interessados em participar do projeto, o Instituto Paramitas já pensa em abrir novas turmas. Fique atento e participe!

(Texto e fotos: Cláudia Levy)