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NOTÍCIAS

02-08-2012

Judith Harris apresenta a metodologia TPACK e gera debate entre educadores em São Paulo

O Encontro Internacional de Educação da Fundação Telefônica transmitiu a palestra da professora especialista na integração das TIC na escola, Judith Harris, e promoveu um dia de debates, oficinas e discussões sobre o tema.


Na última quinta feira, dia 26 de julho, aconteceu mais um evento presencial  dentro da programação do Encontro Internacional de Educação da Fundação Telefônica.

O espaço da Telefônica|Vivo Brasil, na Bela Vista, recebeu cerca de 80 gestores de escolas e secretarias de educação ligados ao projeto Aula Fundação Telefônica (AFT).

O evento teve início com a apresentação do projeto AFT, ministrada por Heloisa Collins, Consultora da Fundação Vanzolini. Em seguida, houve a apresentação do Encontro Internacional de Educação, por Renata Mandelbaum Altman que é coordenadora de projetos do Instituto Paramitas, parceiro executivo do Encontro.

A atividade destaque desse evento foi a transmissão  ao vivo da palestra da educadora norte-americana Judith Harris, especialista na integração das tecnologias à sala de aula, com o modelo TPACK.

Judith Harris, professora da William & Mary School of Education,  de Virgínia (EUA), é uma das idealizadoras do modelo TPACK (Technological  Pedagogical and Content Knowledge), metodologia que busca identificar a natureza do conhecimento necessário para que os professores integrem três elementos básicos ao ato de ensinar: conteúdo, pedagogia e tecnologia.

Judith Harris defende que a educação não deve girar em torno do computador como se ele fosse uma ferramenta imprescindível. Segundo a pesquisadora, as instituições de ensino devem sempre levar em consideração o currículo escolar e adequar as tecnologias, e não o contrário. Harris discorreu sobre a aplicação concreta do TPACK, contextualizando sua inserção nas escolas da América Latina.

Entenda no vídeo a seguir com Judith Harris um pouco mais sobre o TPACK:


 

Assista à palestra de Judith Harris que foi transmitida em streaming no Evento.


 

 

Logo após a palestra, foi promovido um debate e algumas oficinas entre os presentes. O objetivo principal destas atividades foi  possibilitar a troca de experiências entre os gestores, refletindo sobre as práticas de uso integrado das novas tecnologias na educação.

Luís Márcio Barbosa, da Fundação Vanzolini, foi o mediador desse debate com base nas reflexões levantadas pela educadora norte-americana, trazendo a realidade aos gestores das escolas públicas de São Paulo.

Tendo como referência a ideia de que as ferramentas tecnológicas devem ser implantadas nas escolas conforme a necessidade dos alunos, chegou-se à conclusão de que este é um trabalho longo, que não ocorre da noite para o dia, e é de fato um processo gradual, que considera a chegada de infraestrutura e tecnologia na instituição, a formação de gestores e professores e, finalmente, o uso das tecnologias em sala de aula pelos alunos, como protagonistas.

Dentre as atividades que se seguiram no evento, houve a participação da Professora Doutora do Departamento de Linguística da PUC-SP Jacqueline Barbosa, do Consultor de TI da Fundação Vanzolini Fernando Silva e do Secretário de Educação de Ourinhos Paulo Henrique Chixaro. Os três profissionais trouxeram aspectos específicos sobre o desenvolvimento do profeto AFT nas escolas.

Para finalizar o evento, Luisa Ferreira Libardi, da área de educação e aprendizahgem da Fundação Telefônica | Vivo, realizou a oficina “Faça seus encontros” em que apresentou sugestões aos presentes de como realizar encontros de formação de professores em suas escolas e/ou municípios.

 
 

Veja abaixo alguns pontos que foram conversados durante o debate:

  • os gestores devem refletir sobre as práticas escolares utilizando as tecnologias como apoio à aprendizagem dos alunos;
  • a introdução das TIC deve proporcionar uma mudança/evolução na metodologia de ensino. A integração das TIC ao currículo deve basear-se na necessidade do aluno;
  • as relações também mudam, isto é, a aula não fica somente entre quatro paredes. Ela pode (e deve) se expandir para fora da escola, por meio das redes sociais, por exemplo, que tornam as aulas muito mais dinâmicas e próximas do universo do aluno;
  • é fato que as tecnologias melhoram a qualidade da educação, mas têm de fazer sentido para o ensino e a aprendizagem.

 

Como o tema é muito amplo, a discussão terminou com muitas ideias e insights que podem gerar novos debates. Ainda há muito para se discutir sobre inovação tecnológica na educação, especialmente no que se refere à participação mais ativa dos alunos.

O papel dos gestores deve ser de facilitadores e motivadores do processo de inovação e alterações na escola, que ainda possui um formato direcionado para um tipo de sociedade que já não existe mais.

 

(Texto e fotos Cláudia Levy.)

 

Colaborou Renata Mandelbaum Altman.