06-08-2015
Produzidos durante uma expedição pelo Brasil que investigou as diversas formas de brincar, os vídeos do Território do Brincar, apoiados pelo Instituto Alana, resgatam as brincadeiras tradicionais de diversas regiões. A educadora Renata Meirelles e o fotografo David Reeks, acompanhados dos seus filhos, percorreram comunidades rurais, indígenas, metrópoles, sertão e litoral para resgatar essa diversidade e mostrar a essência do “ser criança”.
O conteúdo dos vídeos é uma porta de entrada para que profissionais da educação se sensibilizem para essa etapa de descobertas que é a infância. E, para os alunos, conhecer brincadeiras de outras regiões é um estímulo à criatividade.
O educador, contador de histórias e consultor pedagógico do Instituto Paramitas Filipe Macedo é um entusiasta do projeto. Para ele é nas brincadeiras de criança que se constroem os adultos. “Brincar é construir um mundo. A qualidade da brincadeira vai refletir na formação desse adulto, uma criança que não brinca pode ter uma lacuna que dificilmente vai ser preenchida na vida adulta, pois ela não teria a oportunidade de experimentar o lúdico, o imaginário, meio pelo qual conseguimos dar leveza aos problemas do mundo”, conta Macedo.
Este ano foi de lançamentos para o projeto, em abril foi colocado no ar o longa-metragem Território do Brincar e nesta quarta-feira, dia 05 de agosto, foi apresentado o documentário Território do Brincar: diálogo com escolas e o projeto Território em Rede. Os produtos lançados neste mês compilam o resultado do trabalho desenvolvido e, também, tem como função despertar um novo olhar sobre a infância.
Dedicado à educação, o projeto Território em Rede será um espaço destinado ao compartilhamento de conhecimento e experiências partindo da proposta de exercitar o olhar do educador. Podem se inscrever escolas, instituições da área da educação e secretarias para participar desse projeto que tem início previsto para 2016.
“É possível que um educador tenha um olhar mais sensível sobre as crianças, mas para isso ele precisaria entrar em contato com a sua própria criança. Propor esse exercício é simples, porém, não muito fácil de ser alcançado, pois exige um desprendimento da intenção de ensinar, do adulto que somos, de um observar para aprender. O brincar pode despertar no professor a leveza do ensinar brincando”, ressalta Macedo, sobre o despertar dos professores.
A fim de compartilhar essa experiência com mais educadores, os vídeos do Território do Brincar estarão também disponíveis no Porta Curtas e no Curta na Escola com planos de aula produzidos pelo Instituto Paramitas. Em paralelo, os planos de aula também serão disponibilizados no repositório de conteúdo educacional Redescobrir: uma escola inovadora, criado pelo Instituto Paramitas.
O livro e documentário podem ser comprados aqui.
Confira abaixo os vídeos e os primeiros planos de aula produzidos:
Por Jussara Caetano