06-03-2015
O dia 8 de março tem como objetivo propor reflexão e mobilização sobre as lutas e conquistas de direitos, assim como debater as discriminações e violências ainda sofridas pela mulher, impedindo que conquistas já alcançadas sejam ameaçadas.
A criação do Dia Internacional da Mulher geralmente é relacionado com a manifestação realizada pelas operárias na fábrica de têxtil de Nova York em 1911, onde dezenas de mulheres morreram carbonizadas. Entretanto, segundo a Ana Isabel González, em seu livro As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres, as revindicações pelos direitos trabalhistas foram impulsionadas quando a Revolução Industrial incorporou condições desumanas de trabalho, salários até um terço do salário do homem, sem segurança e com jornada de mais de 15 horas diária.
Mas a data 8 de março sancionou em 1917 com uma manifestação de 90 mil de operárias reivindicavam as más condições de trabalho e condições políticas da Rússia na época, porém somente em 1921 o Dia Internacional da Mulher foi oficializada.
No Brasil, a luta feminina eclodiu no início do século 20 com a luta pelo direito ao voto em 1932. A partir dos anos o feminismo incluiu outras pautas na discussão além dos direitos trabalhistas, como a igualdade entre gêneros, liberdade sexual e a saúde da mulher.
Hoje a luta da mulher se estendeu para além das manifestações contamos com projetos e movimentos voltados para saúde, direitos e sexualidade feminina.
Conheça alguns projetos e movimentos em ação:
Desde 2014 se tornou uma ONG com um espaço que busca discutir os direitos iguais, as diferenças essenciais entre homens e mulheres, promover políticas feministas e, ao mesmo tempo, falar sobre espiritualidade, maternidade, beleza e o que mais quisermos. Também oferece oficinas e atividade que abordando os demais temas.
É um grupo de reflexão com o objetivo de potencializar a discussão sobre feminilidade nos dias de hoje. Olga busca conhecer quem é essa nova mulher, suas necessidades a partir de um diálogo. Dentre seus projetos tem “Entreviste uma Mulher”, que se propõe a encontrar essas mulheres e conectá-las aos jornalistas, devido ausência da fala feminina no jornalismo.
Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde
É uma Organização Não Governamental, que desenvolve trabalho de atenção à saúde da mulher, com uma perspectiva feminista e humanizada por meio de tratamentos naturais e menos agressivos, preocupando-se com o conhecimento do corpo da mulher.
Os serviços oferecidos pelo Coletivo incluem:
O Disk-Saúde, por telefone, sobre as questões ligadas à saúde, violência, sexualidade, direitos, etc.
Consultas de saúde e ginecológicas, pré-natal, etc.
Atendimento psicológico.
Atendimento e informações para situações de violência doméstica, sexual e racial.
O Coletivo Rosas de Liberdade é um grupo independente, organizado por mulheres dos mais variados segmentos que objetiva realizar estudos e discussões sobre gênero e opressão.
A Marcha busca construir uma perspectiva feminista afirmando o direito à autodeterminação das mulheres e a igualdade como base da nova sociedade que lutamos para construir.
A Marcha Nacional Das Vadias é um movimento pelo fim da violência de gênero e das vítimas de violência sexual. Marcham contra o machismo, compartilhando seus casos de estupro e usando roupas consideradas provocantes. Tem como slogan “Porque se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias!”.
Por Manoela Bueno