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NOTÍCIAS

30-05-2012

Entrevista com Samantha Shiraishi no Encontro Internacional de Educação da Fundação Telefônica | Vivo

Dentro da programação do Encontro Internacional de Educação da Fundação Telefônica | Vivo, com o tema “Relação entre sociedade, educação e trabalho”, o Brasil tem participado com algumas atividades promovidas pela filial da Fundação em São Paulo, com a parceria executiva do Instituto Paramitas.

A jornalista e blogueira Samantha Shiraishi contribuiu com uma entrevista à Fundação, dentro do fórum para pais,  falando sobre a relação da tecnologia com a nova geração. Mãe de dois meninos “geeks”, como ela mesma define, um de 12 e outro de 8 anos, Samantha é especialista em mídias sociais e coordena o Blog “A vida como a vida quer” onde relata as aventuras digitais com seus filhos e outras crianças da mesma geração.

A entrevista teve início com uma pergunta crucial sobre a expectativa que os pais têm ao matricular seus filhos em uma escola nova. Basicamente, segundo Samantha, a escola tem de representar um “ambiente seguro, saudável e estimulante”.

Mas e as tecnologias? Já se tornaram pré-requisitos ao se optar por uma escola? Samantha ressalta dois tipos de pais: “os que não usam a tecnologia no dia a dia, mas sabem que é importante e gostariam de oferecer este diferencial como elemento da formação dos seus filhos. (…) e os que usam muito a tecnologia e não concebem o mundo sem ela.”

O primeiro grupo, na maioria das vezes, não faz ideia de como a tecnologia contribui para o aprendizado, mas acham legal ter este recurso na escola de seus filhos. Já os pais tecnológicos não curtem nem um pouco a ideia de a escola não utilizar e acompanhar a evolução da tecnologia.

Sobre a relação família-filhos-tecnologia, a blogueira comenta que ela deve ser de “estímulo com acompanhamento” e exemplifica que na sua própria casa promove certas liberações no uso do computador conforme o comportamento dos filhos, como por exemplo se já fizeram a lição de casa, até que chega um ponto que a relação passa de controle à confiança. No entanto, alerta que é importante bloquear o acesso a sites impróprios e instruir sobre o perigo de passar dados pessoais em qualquer site.

Ainda sobre os perigos virtuais, Samantha aconselha os pais a ficarem muito perto dos filhos, criarem perfis em redes sociais e monitorarem os perfis dos seus pequenos. A internet não tem limites e os jovens aprendem muito rápido a navegar nas novas tecnologias, portanto “não é fácil acompanhar a curiosidade, as descobertas e os interesses deles”.

Samantha esteve presente no Debate “Conectando Gerações”, em fevereiro deste ano, onde levou seu filho Enzo de 12 anos, promovido pela Safernet do Brasil. O tema central do debate foi o uso seguro e ético da internet, e contou com a presença do psiquiatra Dr. Jairo Bauer e o Diretor da Safernet Rodrigo Nejm.
Leia mais sobre o debate.

Samantha Shiraishi conclui  a entrevista com as expectativas sobre os maiores desafios que teremos pela frente com relação às tecnologias: “Os pais estão mais conscientes do impacto emocional (da atividade, tempo e experiência on-line) de seus filhos e as próprias crianças têm consciência de que não é bom se expor a conteúdo inapropriado nem fornecer informações pessoais na rede.
Eu diria que aprendemos que a exposição que a mídia deu a temas como pedofilia e bullying está criando uma consciência coletiva sobre estes e outros assuntos relevantes no momento atual das nossas famílias.
O maior aprendizado que a chegada da internet aos lares trouxe é a consciência da necessidade do aprendizado contínuo.
Pais e professores sentam-se para aprender junto com as crianças e jovens, porque agora temos uma novidade a cada dia, mudando o conceito de que ao chegar à idade adulta já éramos detentores do conhecimento e as únicas vozes a falar, enquanto que às crianças cabia calar e aprender.
Que venham novos desafios e possamos cada vez mais nos informar e aprender com nossos filhos e nossos pais.”

 

(Por Cláudia Levy)