Facebook Twitter Google Plus

NOTÍCIAS

28-02-2013

Transformação da aprendizagem como uma mudança cultural

Dando continuidade a mais uma semana de atividades do Encontro Internacional de Educação, iniciativa da Fundação Telefônica Vivo, com produção executiva do Instituto Paramitas, aconteceu, em 26 de fevereiro, o debate ao vivo Gestão da mudança rumo a uma organização inteligente. Os convidados para esta mesa de debates foram Javier Murillo, da Espanha, diretor do doutorado em Educação da Universidade Autónoma de Madri (UAM) e coordenador do Grupo de Investigação “Mudança educativa para a Justiça Social”, e Heloisa Mesquita, do Brasil, gestora do Projeto Estratégico Ginásio Experimental Carioca da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro e coordenadora do Núcleo de Artes da Educopédia.

O primeiro a expor o seu estudo e experiência foi Javier, que destacou, inicialmente, a importância de ver a transformação dos métodos de aprendizagem ligados também a uma mudança cultural. Em seguida, ele mostrou a evolução educacional desde a década de 60 e quais foram os resultados e desafios na construção dos centros educacionais atuais.

Para Javier, o modelo educacional passou por quatro fases dentro desse intervalo de tempo: formação do professorado ampla e adequada, formação nos centros, aprendizagem organizativa e as Comunidades Profissionais de Aprendizagem. “Uma CPA é uma estratégia de melhoria escolar que implica uma nova cultura e uma nova organização dos centros escolares. Cuja finalidade é a aprendizagem de todos e de cada um dos estudantes a partir da aprendizagem de toda a comunidade”, explicou Javier.

O diretor do doutorado da UAM frisou, durante toda a sua fala, a importância da aplicação de um método pedagógico que priorize a troca de conhecimento entre os envolvidos na rede educacional. “Se queremos que as crianças aprendam, todos temos que aprender, só conseguiremos escolas de qualidade se trabalhamos aprendendo todos juntos. Podemos conseguir que a escola ajude a sociedade a ser mais justa, equitativa e inclusiva”, destaca Javier.

A coordenadora do Projeto Ginásio Experimental Carioca, Heloisa Mesquita, apresentou a proposta pedagógica do projeto que se baseia em três eixos a excelência acadêmica, projeto de vida e educação para os valores.

Criado em 2009, mudou a realidade das escolas que apresentavam diversas deficiências, hoje o projeto atende 28 escolas que estão divididas em temas diferentes e tem resultados positivos como a diminuição da evasão escolar, participação dos pais e a formação de professores. Além disso, a proposta do projeto ultrapassa a formação do aluno somente em disciplinas já estabelecidas, pois existe a preocupação em formar cidadãos. Uma das escolas desenvolve o Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (Projeto Gente) que alia as disciplinas ferramentas digitais e uso de aulas interativas da Educopéia.

Para conhecer mais as experiências e desafios da Heloisa Mesquita como gestora do GEC participe do fórum do debate com os dois convidados.