09-05-2012
Criar um jornal escolar é uma atividade bastante importante em uma instituição de ensino, pois envolve professores de várias áreas (permitindo um trabalho interdisciplinar) e possibilita trabalhar diversas habilidades ao mesmo tempo: aprimorar a leitura e a escrita, criatividade, desenvoltura, trabalhar em equipe, dividir tarefas, ter noções de liderança, organização, responsabilidade, conhecer a realidade, desenvolver curiosidade sobre determinado assunto, entrevistar (e conhecer) pessoas, fotografar, desenhar, informar etc.
O Instituto Paramitas criou a Oficina de Jornal com Scribus: uma proposta para ensinar educadores a montarem um jornal escolar e depois diagramá-lo no Scribus, um software gratuito, livre, bastante simples de mexer, mas repleto de recursos. Além disso há versões para Windows, MAC e Linux.
O local escolhido para esta formação foi Centro Público Júlio de Gammon, em Santo André, município em que ocorre o Programa EJA Digital. No sábado 05 de maio, das 8h as 12h, estavam pontualmente em sala de aula os professores de informática Andreia Arlete da Silva, Carlos Alberto Ponsoni, Caroline Cerqueira Hoschette, Daniel Bonilha Zago, Denilson Escudeiro de Moraes, Edir Silva, Fernando Marcos Francisco, Joel da Costa Rocha, Lucilene Siqueira da Silva, Fabio Marino, Sâmea Toth, Simone Bernardo de Andrade Souza, Tatiane Campos e Tereza Cristina Tavares.
Reunião de “pauta” para definição dos temas do jornal.
Para dar a formação a estes professores da região do ABCD da Grande São Paulo, foi convocada a equipe do Instituto Paramitas, composta por Carlos Adriano de Souza, Vilma Bonfim, Claudia Levy e José Petri.
Definido o tema do jornal (cultura), foram montadas duas oficinas a serem trabalhadas nas quatro horas de formação: coletar material para um jornal e, em seguida, montar o jornal usando o software Scribus.
O coordenador de projetos do Instituto Paramitas, Carlos Adriano de Souza, deu início à formação apresentando o programa Oficina de jornal – uso do Scribus e os tutores da formação, a jornalista Cláudia Levy e o formador José Petri. A pedagoga e também professora de Língua Portuguesa, Vilma Bonfim, destacou a importância de se escrever bem e das diferenças de textos, principalmente do texto jornalístico.
O aspecto mais rico desta oficina está justamente na equipe multidisciplinar envolvida na concepção do projeto: Claudia Levy, como jornalista orientando todo o processo de criação do jornal, como as equipes atuam e o processo até a impressão; Petri, apaixonado por software livre e especialista no uso do software Scribus, Vilma, abordando as questões relacionadas a língua portuguesa e Carlos Adriano, com toda a bagagem e conhecimento que tem dos anos em que atua na Educação de Jovens e Adultos.
Equipe do Instituto Paramitas: José Petri, Vilma Bonfim, Carlos Adriano e Cláudia Levy.
Cláudia Levy explicou como seria a estrutura deste jornal que os educadores presentes na formação iriam criar: um jornal com quatro páginas (sendo a capa, duas páginas de miolo e a página final) e o formato (27,5 X 31 cm). A jornalista deu dicas também sobre conteúdos e a distribuição das matérias, anúncios e passatempos. Em seguida, Claudia falou sobre a função de cada pessoa dentro de uma redação de jornal (redator, repórter, fotógrafo, ilustrador etc.).
Conhecendo a estrutura de um jornal escolar.
A turma de professores foi, então, dividida em dois grupos de sete pessoas que definiram o que cada integrante iria fazer e, em seguida, os temas. Por meio de pesquisa de imagens e textos no Google, os professores separaram o material necessário para a montagem do jornal no Scribus.
O formador do Instituto Paramitas, José Petri, ensinou a baixar o software livre Scribus para o ambiente Windows (já que o software faz parte do ambiente Linux), e, depois do intervalo, deu dicas básicas de diagramação no Scibrus.
Definindo “quem é quem” na redação do jornal.
“A formação foi um sucesso, os professores se demonstraram muito empolgados com o programa, entenderam bem a proposta, conta José Petri. “Fiquei muito empolgado pelos professores explorarem não apenas o que pedimos, mas também recursos novos, e de certo modo complexos, como trabalhar com camadas, contorno de letras e rotação de texto e de imagem.”
“Nem as oscilações de navegação na internet deixaram a turma desanimada”, comenta Claudia Levy. “Os professores estavam bastante à vontade e muito interessados em suas criações. O resultado final superou nossas expectativas”, conclui.
Diagramando o jornal no Scribus.
O Instituto Paramitas já pensa em criar, num futuro próximo, um curso on-line de produção de jornal utilizando o Scribus, pois “muitos professores demonstraram interesse em aprender mais e tiraram o máximo de dúvidas até o último minuto”, conta José Petri. “A proposta de ensino foi amplamente atingida, já que as dúvidas passaram do ensino proposto para ferramentas mais complexas. Sem contar que todos saíram satisfeitos e felizes com seus projetos desenvolvidos.”
(Por Cláudia Levy)