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NOTÍCIAS

07-02-2013

O papel do líder nas comunidades de aprendizagem


No dia 4 de fevereiro, ocorreu, desde às 14 horas, o debate-chat “Liderando a mudança”. Por que falham os esforços de mudança em educação?”. 
O evento virtual foi a primeira atividade oficial da programação preparada pelo Brasil para o sexto tema intitulado Como liderar a mudança nos centros educativos do Encontro Internacional de Educação, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo com parceria executiva do Instituto Paramitas.  
O professor da Universidade de Sevilla, Júlian López foi o nosso convidado para abordar a questão da liderança nas comunidades e espaços de aprendizagem.

Sobre o papel da liderança, López explicou que ela  “[...] precisa se ajustar às características do grupo. Não é qualquer tipo de liderança que serve para um determinado grupo. Cada grupo pede ao seu líder um determinado comportamento.”,

O professor Julián acredita que outras pessoas devem assumir o papel de líderes. “Liderança distribuída é uma palavra chave. Não devemos falar em liderança no singular, mas sim no plural. As comunidades de aprendizagem estão ficando cada vez menos hierarquizadas e mais multiconectadas, não só por causa do avanço das tecnologias, mas também devido ao dinamismo que as atividades das comunidades exigem. Os líderes não precisam conhecer tudo, nem devem pretender isso. O que precisam fazer é capacitar pessoas que possam ter o poder de levar o conhecimento para onde for preciso e que se relacionem com a família e com a comunidade.”

 Durante o debate, López revelou aos participantes que baseou seus estudos a respeito da liderança, entre outras fontes, no livro Inovar no Interior da Escola, da escritora Mônica Gaher Thurler.

O professor ressaltou que a transformação da educação requer paciência e preparo para eventuais complicações no processo de mudança. “Se realmente queremos transformar o processo de ensino, devemos pensar que não é eficiente mudar tudo da noite para o dia, pois se tratam de ecologias próprias, que estão em funcionamento. É preciso pensar em pequenas atividades, pequenas inovações. Inovar não é como construir um edifício, já que não funciona como uma engenharia dos processos que vão se sobrepondo. E a transformação permite tanto avanço, como retrocessos. O conhecimento que vamos adquirindo no decorrer do processo nos obriga a mudar a forma de pensar e agir. E uma parte do trabalho dos líderes é ter capacidade para resistir à incerteza e saber lidar com a sensação de risco, transformando-a em uma motivação para a união da comunidade. Afinal, promover mudanças só é possível se esta existir de fato”.

 O debate ainda continua no fórum “Liderar a mudança educativa”, até o dia 17 de fevereiro. Venha contribuir com a discussão sobre o assunto!

 

(Por: Mauro Castro)